Os manifestantes da comunidade Cajueiro, situada na zona rural de São Luís, foram expulsos da frente do Palácio dos Leões pela Polícia Militar na noite de segunda-feira (12). Os manifestantes disseram que os PM’s agiram com violência durante a retirada.
Os moradores do Cajueiro estavam acampados em frente ao Palácio dos Leões desde domingo (11). Eles protestavam contra a demolição das casas da comunidade, para que seja construído um porto particular.
Manifestantes disseram que os PM’s agiram com violência durante a retirada — Foto: Reprodução/ TV Mirante
Durante a noite, a polícia retirou cerca de 40 moradores que estavam acampados perto do Palácio dos Leões. De acordo com o presidente da Associação da Comunidade Mãe Chico, Jean Santos, a manifestação estava sendo realizada de forma pacífica.
“A gente esperava que fosse algo pacífico do governo com relação a nossa manifestação que estava sendo feita de forma pacífica. Desde ontem nós estamos pedindo uma resposta ao governador”, afirmou Jean.
No twitter, o governador Flávio Dino disse que não cabe a ele cassar ou suspender decisão de outro poder.
“Sobre reintegrações de posse: a polícia militar não pode simplesmente se recusar a cumprir ordem judicial. Houve várias tentativas de mediação, infelizmente frustradas. Não cabe ao governador cassar ou suspender decisão de outro Poder. Já expliquei isso em outros momentos”, afirmou.

Flávio Dino comenta em rede social sobre o caso da comunidade Cajueiro  — Foto: Reprodução/ Twitter Flávio Dino comenta em rede social sobre o caso da comunidade Cajueiro  — Foto: Reprodução/ Twitter
Flávio Dino comenta em rede social sobre o caso da comunidade Cajueiro — Foto: Reprodução/ Twitter
Durante o dia, enquanto protestavam diante da sede do governo, as residências eram demolidas na comunidade. A ação de reintegração de posse teve início por volta das 7h e previa a derrubada de 23 casas.
Após a retirada dos moradores, a polícia cercou a área. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Rafael Silva, as providências sobre o caso serão tomadas.
“Nós vamos fazer os registros de ocorrência, exames de corpo de delito e analisar as medidas judiciais cabíveis diretamente em relação ao coordenador dessa operação que foi o secretário de segurança pública Jefferson Portela. Vamos denunciar no Conselho Nacional de Direitos Humanos e vamos acionar todas as instâncias que nós tivermos acesso”, explicou Rafael Silva.
Por G1 MA — São Luís


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