DÓLAR CAI PELA 2º DIA NO BRASIL SOB INFLUÊNCIA DO EXTERIOR
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O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9491 reais na venda, com queda de 0,77%.
A moeda norte-americana registrou ligeiras valorizações no Brasil apenas nos primeiros minutos da sessão e rapidamente entrou no negativo, com foco no exterior.
O movimento foi ampliado no meio da manhã, quando o Departamento do Trabalho dos EUA informou que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,4% em abril, após alta de 0,1% em março. O percentual ficou em linha com a projeção de 0,4% dos economistas consultados pela Reuters. Embora o núcleo da inflação permaneça forte, a inflação de abril em linha com as expectativas alimentou as apostas de que o Federal Reserve manterá sua taxa básica na faixa de 5,00% a 5,25% em sua próxima decisão de política monetária.
Essa perspectiva deu força a alguns ativos de maior risco, como o real brasileiro , o peso mexicano < MXNUSD=R>, o dólar neozelandês e a rupia indiana.
Na B3 (BVMF: B3SA3 ), às 17h17 ( horário de Brasília), o primeiro contrato futuro de dólar caía 0,83%, a R$ 4,9690.
No caso específico do real, a moeda teve desempenho superior a vários pares devido a notícias mais positivas para a área fiscal, segundo avaliação do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Além da perspectiva de andamento no Congresso do projeto do novo marco fiscal, as declarações do prefeito, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), feitas durante evento na terça-feira em Nova York, em defesa da reforma administrativa tiveram um efeito positivo impacto.
“O grande movimento cambial hoje (quarta-feira) é algo externo. Mas a fala de Lira traz um pouco mais de luz para o fiscal, o que contribui para que o Brasil tenha um desempenho melhor que seus pares (no mercado de câmbio)”, comentou Sanchez.
Em relatório a clientes, o JPMorgan (NYSE: JPM ) recomendou uma posição comprada no real (no sentido de alta para a moeda brasileira, de baixa para o dólar). Ao justificar a posição, o banco destacou que o Brasil continua a oferecer a maior taxa de juros real entre os países emergentes e que a volatilidade da moeda brasileira é a menor do ano, com riscos de queda.
Durante a tarde, o Banco Central divulgou os últimos dados cambiais, referentes à primeira semana de maio. O país registrou saída líquida de US$ 100 milhões no período, após encerrar abril com entrada de US$ 844 milhões.
No exterior, o dólar seguia com viés negativo neste final de tarde.
Às 17h17 (horário de Brasília), o índice do dólar – que mede o comportamento da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 0,18%, a 101.440.
Pela manhã, o Banco Central divulgou todos os 16 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.
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