PETRÓLEO ENGASGA O IBOVESPA E DERRUBA AÇÕES DA PETROBRAS (PETR4) NA B3


O desempenho do petróleo é por vezes considerado um dos termômetros da aversão ou preferência ao risco nos mercados internacionais. Porém, a queda das commodities no mercado internacional na quarta-feira (6) não reflete o sentimento dos investidores.

O contrato de petróleo mais líquido caiu quase 4% em meio à incerteza sobre o fornecimento de petróleo e às preocupações com a demanda da China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, e a um declínio menor do que o esperado nos estoques de commodities dos EUA.

Por volta das 15h50 (horário de Brasília), o petróleo Brent, referência para os mercados mundiais e da Petrobras Petróleo SA (PETR4), caía 3,23%, para negociação a US$ 74,68 o barril. Preço do WTI abaixo de US$ 70.

A queda nos preços do petróleo acabou se refletindo na B3, com ações de empresas do setor, incluindo a Petrobras (PETR4), retendo os ganhos. Enquanto isso, o índice Ibovespa caiu 0,67%, a 126.055 pontos.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que detém uma participação relevante no principal índice da B3, recuavam 2,24%, a R$ 33,97.

Além da estatal, os papéis das petroleiras “juniors”, como PRIO e 3R Petroleum, operavam em queda expressiva, em linha com as cotações do petróleo.

Confira as cotações de outras companhias de petróleo no Ibovespa: 

CÓDIGO NOMEULTVAR
PRIO3PRIO ONR$ 41,65-3,50%
RECV3PetroReconcavo ONR$ 19,51-3,46%
RRRP33R Petroleum ONR$ 27,14-2,51%
Fonte: B3
  • Acompanhe a cobertura de mercados.

A volatilidade dos preços do petróleo intensificou-se nas últimas duas semanas, num contexto de incerteza quanto ao fornecimento mundial de matérias-primas.
Na semana passada, a reunião ministerial da Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) não ordenou uma redução conjunta da oferta de petróleo e manteve uma previsão de oferta de petróleo estável para a fase final de 2023.
Em troca, alguns países-membros anunciaram cortes voluntários na produção.

A Arábia Saudita anunciou um corte adicional de produção de 1 milhão de barris diários, e a Rússia aumentou a redução para 500 mil barris por dia. Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã também anunciaram cortes de produção.
Como resultado, espera-se que os países reduzam colectivamente a oferta de petróleo em 2,2 milhões de barris por dia no primeiro trimestre de 2024.

Do lado da procura de petróleo, a incerteza também é elevada dadas as preocupações sobre o crescimento econômico da China, e a possibilidade de uma menor procura de combustível também está pesando sobre os preços das matérias-primas.

Ontem (5), a agência de classificação de risco Moody's reduziu sua perspectiva de classificação de crédito A1 de estável para negativa, sob o argumento de que a desaceleração do crescimento econômico no médio prazo e a desaceleração do setor imobiliário são fatores de risco para o investimento. Países asiáticos.
Novos dados sobre as importações de petróleo bruto da China devem ser divulgados nesta quinta-feira (7).

Por fim, o Departamento de Energia dos EUA divulgou hoje seu balanço semanal de commodities no país. Os estoques de petróleo do país caíram 4,633 milhões de barris na semana passada, para 445,031 milhões de barris, abaixo do declínio esperado de 1 milhão  de barris esperada.

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